Se você mora ou está a passeio pelo estado de Goiás, uma boa dica é conhecer a cidade histórica de Pirenópolis.
Esta cidade começou como um arraial, em 1727, com o nome de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte. Foi elevado a vila em 1832 e a cidade em 1853. Hoje, Pirenópolis, cidade dos Pirineus, é um dos mais ricos acervos patrimoniais do Centro-Oeste tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1998.
As ruas da cidade são uma graça, são feitas de paralelepípedos e possuem ruas estreitas e ladeiras por todos os lados. Conta com um rico comércio artesanato e restaurantes regionais.
Cenários da Cidade:
Ladeiras de Pirenópolis
Rua do Lazer - quando começa a subida (à noite a rua é fechada e os bares e restaurantes colocam suas mesas na calçada)
Centro (ali perto você encontra três agências bancárias - Banco do Brasil, Itaú e Bradesco)
Estes enfeites na janela são muito comuns. Há vários, por toda a cidade.
Em Pirenópolis, também há muitas igrejas. A igreja matriz é esta primeira que aparece aí embaixo. Ela foi construída entre 1728 e 1732. Foi totalmente restaurada após um incêndio em 2002. É considerada uma das maiores construções de taipa de pilão do Centro Oeste. Aberta a Visitação diariamente. A segunda, infelizmente não sei qual é, ela ficava bem próxima a nossa Pousada.
A nossa pousada era a Pouso, Café e Cultura. Ficava no centro, a uma curta caminhada até a Rua do Lazer.
Achamos legal se hospedar nesta pousada pela oportunidade de respirar um pouco de história. O casarão é de 1910 e foi construído por um neto de escravo que foi alforriado em troca de 180 gramas de ouro. Algumas partes possuem o piso ainda orginal, além de móveis e aparelhos da época.
O casarão possui uma biblioteca, com um acervo histórico e fotográfico em várias línguas. Isócrates, além de padre, também foi diplomata e viveu em muitos países como: Grécia, antiga Tchecoslováquia, Argélia, Chile, República Dominicana, Tailândia, Paquistão, Estados Unidos e Itália.
Dentro do casarão há alguns artigos antigos e o que impressiona é o bom estado de conservação e em funcionamento.
Armário e telefone que ainda funciona:
Máquina de Tear:
Rádio:
Nos jardins foram construídos sete chalés bem charmosinhos. Só o caminho entre o casarão e os chalés já vale a visita.
Caminho para os chalés de noite:
Caminho para os chalés de dia:
Redário:
Área de café da manhã:
Caminho de volta ao casarão:
Pirenópolis também é conhecida pelas diversas cachoeiras que existem aos arredores. Escolhemos a Cachoeira Bom Sucesso para conhecer porque era uma das mais próximas do centro da cidade e tem seis quedas d'água.
Para chegar na chácara pegamos uma estrada de chão super estreita. Levamos cerca de vinte minutos para chegar. A saída é pelo bairro Alto do Carmo, depois da ponte de madeira.
Começamos a andar. É um caminho misto de pedra (do século XVIII), terra e areia.
Cenários do Trajeto:
Caminhada bem tranquila e 400 metros depois encontramos a primeira queda: a Cachoeira Açude.
Cachoeira Açude (1,5 metro de profundidade):
A água estava tão gelada que não nos animamos em entrar para banho. Logo continuamos a caminhada em busca da segunda queda.
Cachoeira Landi (não tem poço para banho):
Bem perto dali encontramos a terceira cachoeira.
Cachoeira Palmito (2 metros de profundidade):
Ficamos descansando um pouco, sentados nas pedras na beira da água e aproveitamos para apreciar a beleza da natureza local. Seguimos para a próxima queda, a Cachoeira Pedreira.
Cachoeira Pedreira (2 metros de profundidade):
A partir de agora acabou a moleza. Foi a última em que o acesso para chegar foi fácil, tranquilo. Para ver as duas últimas precisa de um pouco mais de condicionamento, principalmente para pessoas de idade ou crianças pois a subida é bem íngreme, praticamente uma escalada nas pedras. Mas, como não podia deixar de ser, são as mais bonitas, ao meu ver.
Olhamos o desafio da escalada e fomos adiante. Próxima parada: Cachoeira Bonsucesso.
Cachoeira Bonsucesso (7 metros de profundidade):
Ficamos um tempão aqui. Embora não tivemos a coragem para entrar na água fria, ficamos deitados nas pedras olhando o cenário. E pensando se iríamos encarar a última escalada. Eu encarei! rs
Como meu anjo é forte, não caí! E fui bem recompensada. A última cachoeira se chama Lagoa Azul e achei muito bonita.
Cachoeira Lagoa Azul (5 metros de profundidade):
Se você tiver interesse, a propriedade oferece passeios a cavalo por R$20 por pessoa. Eles duram cerca de 40 minutos entre ida e volta e vão até a Cachoeira Pedreira.
E o passeio terminou aqui. Com certeza há muito mais coisas para se fazer em Pirenópolis, outras cachoeiras, passeio de boia cross, rafting, rapel, tirolesa. Mas isto dependerá o seu interesse e do tempo disponível na cidade.
Até o próximo Diário de Viagem!